O iPhone 5C não diminuirá o crescimento do Android em mercados emergentes.

Nesta semana a Apple anunciou oficialmente o iPhone 5C. Os rumores batiam numa mesma tecla: ele será o aparelho de baixo custo que a empresa criará para enfrentar o Android em mercados emergentes. Não, ele não é barato e não será o responsável para tentar colocar um obstáculo frente ao sistema operacional móvel do Google.
iPhone 5C
iPhone 5C
Quando o iPhone 5C foi apresentado, ele trouxe um valor que não apresentou uma tentativa muito grande de aproximação de um público de menor poder aquisitivo. Ele custa US$ 99/US$199 (entre R$ 225 e R$ 453) para versões de 16/32GB, isso com um contrato de dois anos assinado com uma operadora dos Estados Unidos. O preço fechado e completo do aparelho desbloqueado, o tipo de negócio mais popular em mercados emergentes (pense no sucesso que são celulares pré-pagos, eles contam com o preço cheio), é de US$ 549/US$ 649 (entre R$ 1.250 e R$ 1.478), um valor que bate exatamente na mesma tecla que o iPhone 5 bate hoje, com desconto. 
Definitivamente o iPhone 5C não é um smartphone barato, ele apenas significa um custo menor de produção para a Apple. Afinal, o plástico é mais simples de encontrar em produção de massa do que um alumínio que poucas fabricantes utilizam. E, claro, o custo da manufatura do plástico é bem inferior ao do metal e vidro.
Então você deve estar me perguntando: "mas de onde você tirou que ele deve mirar em mercados emergentes e nos Androids que fazem sucesso lá?" Simples, olhem as cores. Cor é algo que vende muito bem, é só olhar o leque de cores que emrpesas como a Nokia entregam na Ásia. Há Lumias de tudo quanto é cor e até os feature phones Ashas da mesma categoria. Isso funciona e foi neste ponto que a Apple apostou, ao meu ver. O problema é que ele continua custando o mesmo que seu anterior irmão, o iPhone 5. Ele não ficou mais barato, por mais que aparente uma cara mais simples, menos robusta e mais cool.
Estes mercados, como o brasileiro e asiático ainda estão de olho em aparelhos baratos, por mais que o iPhone tenha algo que nenhum outro tem: status. Ter um iPhone, falar de um iPhone é bem visto em locais como estes e a Apple sabe disso - aparentemente por isso ela não baixa o preço de seus novos smartphones, a cada lançamento.
Olhando mais detalhadamente, mercados emergentes continuam mirando em Androids de baixo custo, daqueles com TV, várias opções de dois e três chips e planos pomposos e baratos que não cobram o acesso do Facebook - alô LG Optimus L4 II Tri TV. A Nokia tira um grande proveito desta fatia de entrada e que não está disposta a gastar. O Lumia 520 é um sucesso nestes mercados, por ser barato e simples.
Desculpa Apple, mas o iPhone 5C é para quem quer um iPhone colorido e não para quem compra o aparelho dividido em várias vezes, no pré-pago.
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